quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Guardas da fronteira: begins

A origem dos "Guardas da fronteira" tem uma pré-história. Na verdade, a minha geração e na cidade onde morava - Muritiba city - já era algo comum todo adolescente se aventurar em uma banda e, como estávamos na Bahia, os estilos mais diversos surgiam. Não é a tôa que antes mesmo de iniciarmos a saga "guardo-fronteiriça" que Fábio e eu havíamos realizado uma verdadeira perigrinação entre os músicos que, como nós, tentavam começar alguma coisa.
Assim como os Titãs - deuses pré-mitológicos Gregos - figuras que jamais soubemos os nomes verdadeiros entraram em nossos ciclos de amizade: Zeinho, Júlio (do Sítio em contraposição ao Júlio "Negão"), Jáu, Henrique, Ziel e Thór, sendo este último o principal ponto de intersecção entre esses dois universos que hora se uniam: o do Rock ´n Roll e o daquelas músicas locais (samba, axé, pagode). "Se uniam" é jeito de dizer, pois na verdade o acerto foi o seguinte: tínhamos uma garagem e eles os equipamentos; estávamos sem os equipamentos e eles sem um local de ensaio. E foi assim que começamos.
Na fase da perigrinação, contudo, circulamos muito, muito mesmo pela cidade, entrando em bandas das mais diversas, todas principiando, ou nós fazendo propostas a pessoas que nos eram apresentadas. Claro, sempre bandas de Rock, mas com músicos não tão roqueiros assim, pois os verdadeiros, de gerações anteriores, como o Eduardo, Cesinha, meu irmão Cristiano, Sandrinho, dentre outros, estavam fora do páreo, seja por já estarem encaixados, seja porque (agora entendo) éramos pirralhos...
Em uma dessas tentativas, conhecemos o Henrique, baterista. Bem, ele se apresentou como sendo e até deu para nos enganar quando na casa do Anderson, um grande amigo de infância e com o qual tentamos também fazer uma banda com ele nos teclados, ele - o Henrique - sentou numa e, digamos, "marcou o compasso". Naquela altura e com a decisão acerca do Fábio Luís, resolvemos chamá-lo para ser um "Guarda da fronteira".
Posto e feito, passamos a ensaiar em sua casa, num bairro distante do centro da cidade chamado "Paraguai", meio que como uma ironia do destino: o nome da banda passou a ser associado ao fato de estarmos lá, "na fronteira". Mas isso foi só mais uma tentativa, talvez a primeira somente comigo, com Fábio e mais alguém. Logo percebemos que Henrique não daria p´ro trampo quando tentamos, junto com ele, tocar uma música que na época já considerávamos fácil e levamos dois ensaios para isso... sem conseguir. Depois dele, o mesmo destino nos levou a Sandro. Aí sim entramos no "Anno Domini guardo-fronteiriço". O que ficou desse período, realmente, foi o quanto obstinados fomos e a figura de nosso primeiro "baterista", o Henrique, que apesar de ter o instrumento, assim como o Fábio Luís não sabia tocar. Aliás, como os outros, "Henrique" não era seu nome verdadeiro e chegamos até a saber, certa vez, seu nome de batismo. Mas, como toda pré-história, essa informação será sempre uma estimativa.

4 comentários:

  1. Mssa demais, Marcão;) Essas histórias são inesqueciveis. Vou contar a entrada de sandro e a famosa camisa do Rocl'n Rio, lembra?(rs). Pretendo escrever, ou se vc quiser, aquela aventura do contrabaixo de cristiano, lembra... a que toramos a corda (rs). Abração

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  2. Cara, essas têm de ser contada realmente por você. Mas não se esqueça que ainda mesmo na "pré-história" havia aquelas tocatas de violão nos bancos da Praça da Bandeira e no "Prólogo do Anno Domini Guardo-fronteiriço" houve o Paulo, elo que nos trouxe o Sandro. Abração!

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  3. Ah, 'miseráve'...só hoje fui descobrir o 'porquê' da corda diferente!!!!!

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  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Tu não sabia não era cristiano?
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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